Não nos libertamos de um hábito atirando-o da janela.
É preciso fazê-lo descer a escada, degrau a degrau...

quinta-feira, 11 de junho de 2009

É a Vida...


O meu pai é agricultor e tem um rebanho de ovelhas.
Como estou de férias e não tenho assim mais nada interessante para fazer, vou com ele até ao campo, buscar aquelas que já tiveram os bebés. São tão lindos! Hoje o meu pai teve de recorrer aos seus dotes de atleta para conseguir apanhar aquela coisinha com poucas horas de vida mas que corria que se fartava =)..
Vinhamos já embora, a rir das figuras que às vezes fazemos, quando avistámos uma ovelha caída. Pensámos que estava morta. Rapidamente, o sorriso do meu pai desapareceu dos seus lábios. Felizmente estava viva. Tinha caído e não se conseguia levantar. Se não a tivessemos encontrado acabaria por morrer, desidratada (estavam cerca de 35ºC). Com a ajuda do meu pai, a bichinha lá se levantou.
O filho não teve tanta sorte. Encontrámo-lo já meio comido, longe de onde a mãe se encontrava. Deixou a mãe para trás, caída, e foi atrás do rebanho, em busca da sobrevivência. Mas as outras ovelhas não o reconheceram e abandonaram-no. Sozinho, com o calor, acabou por morrer! Sozinho!
Sei que é a lei da vida. Mas é triste!
Também nós somos assim...Digamos o que dissermos, fomos feitos para depender uns dos outros, mais que não seja no que respeita aos afectos.

Ninguém pode dizer que nunca vai precisar da ajuda de alguém...
Ninguém consegue viver sem amor...
Ninguém consegue prescindir de companhia...

E ninguém quer morrer sozinho...

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